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Em seu pronunciamento, vice-governador falou sobre a força do Triângulo e defendeu o café mineiro, responsável por mais de 54% da produção nacional

Sempre presente no Triângulo Mineiro, o vice-governador Antônio Andrade esteve em Araguari, na terça-feira (13/03), para prestigiar a abertura da FeniCafé 2018. Realizada anualmente, a Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura deve receber cerca de cinco mil visitantes por dia e movimentar aproximadamente R$ 37 milhões em negócios. O evento integra também o Encontro Nacional de Irrigação da Cafeicultura no Cerrado, a Feira de Irrigação em Café do Brasil e o Simpósio de Pesquisa em Cafeicultura Irrigada.

“Podemos dizer, com toda certeza, que a agropecuária carrega a economia nacional. A safra de 2017 bateu recorde de produção, com 240 milhões de toneladas. Em Minas, tivemos um importante crescimento na produção de grãos, superando os 14 milhões de toneladas. Nossas exportações totalizaram 7,9 bilhões de dólares. O café foi o principal produto dessa pauta, com 43% do valor total exportado pelo agronegócio. Foram exportadas mais de 20 milhões de sacas, que correspondem a 84% da safra mineira”, afirmou o vice-governador.

Antônio Andrade também lembrou da importância do café mineiro na produção nacional. “Das 45 milhões de sacas produzidas no Brasil em 2017, Minas foi responsável por 24,4. Ou seja, nosso Estado produziu 54,2% do café nacional. A expectativa inicial para 2018 é de que a produção nacional alcance 58 milhões de sacas e a estadual 30 milhões. E em Araguari, a cafeicultura representa 60% do PIB. São 20 mil hectares de área plantada, e 18 mil já recebem irrigação. Atualmente, 70% do café do cerrado é exportado”, destacou.

“Por isso, se faz necessário ressaltar o papel da Associação dos Cafeicultores de Araguari, que milita há mais de 30 anos no setor. Uma iniciativa como a FeniCafé é de suma importância para os produtores, empresários, pesquisadores e demais profissionais do agronegócio. Como ex-ministro da Agricultura e produtor rural, conheço de perto nossas necessidades e gargalos. Me sinto orgulhoso e honrado por representar este povo forte e trabalhador do Triângulo, e por participar deste importante evento cafeicultor”, concluiu.

Durante a abertura da Fenicafé, o prefeito de Araguari, Marcos Coelho, deu boas-vindas às autoridades e disse que a cidade está aberta a todos os cafeicultores. “Araguari está de portas a toda cafeicultura nacional”, disse.

O presidente da Associação dos Cafeicultores de Araguari (ACA), Claudio Morales Garcia, frisou o trabalhou que a associação vem realizando em prol do produtor rural. “A ACA vem vencendo todas as turbulências e os desafios enfrentados, como as variações climáticas, crise econômica, instabilidade de mercado de preços e a crise hídrica que ainda assombra os produtores. A água é o mais importante insumo para a produção de café e qualquer outra lavoura. Portanto, o tema da edição da Fenicafé deste ano É tempo de irrigar com consciência”, afirmou.

O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, falou sobre os números do setor no Brasil. “Nós conseguimos avançar no setor cafeeiro e temos reestruturado a cadeia cafeicultora, reconhecendo que estamos presentes em 1958 municípios do Brasil e que somos 330 mil produtores de café, gerando 8,4 milhões de empregos, além de representar 6 bilhões de dólares na balança comercial”, ressaltou.

Também estiveram presentes 80 expositores de temas relacionados ao café e cerca de 20 mil visitantes entre empresários, produtores rurais e profissionais ligados ao agronegócio. Lideranças políticas, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores da região também compareceram.