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O tratamento de usuários de drogas internados compulsoriamente e o número de vagas para atendimento oferecidas no Estado foram pautas de debate na tarde desta quarta-feira (24/04) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Membro suplente da Comissão de Prevenção e Combate ao uso de crack e outras drogas, o deputado Tadeu Martins Leite (PMDB) destacou a importância da comissão, antes de caráter especial e hoje permanente, “já que o crack já chegou em comunidades distantes aterrorizando famílias”, ressaltou.

Sobre o tema, destacou que a internação compulsória é uma parte importante no contexto de prover tratamento aos usuários de drogas. “Temos que colocá-la para funcionar de fato e dar estrutura necessária para que isto aconteça”, frisou. Acrescentou à discussão o fato de uma médica psiquiatra ter sido presa no último dia 20 de abril, em Montes Claros, impossibilitada de cumprir uma ordem judicial para internar um adolescente por falta de vagas no hospital onde atendia. “Fico pensando nos dois lados. No da médica, que tentou fazer mas não conseguiu e foi presa por isso, e lado da família, que estava com a ordem judicial e saiu de lá frustrada. Estamos vivendo um pequeno caos de modo geral em Minas e todo o Brasil”, disse o deputado, que questionou o número de vagas no Estado aptas a receber pacientes através da internação compulsória.

O parlamentar ainda frisou o Projeto de Lei nº 1.694/2011, de sua autoria, que deu entrada, já em seu primeiro ano de mandato, que obriga os hospitais conveniados ou mantidos pelo Governo do Estado a implantar e manter em funcionamento pelo menos dois leitos específicos para o tratamento de dependentes de crack e outras drogas, através do Sistema Único de Saúde. O PL, que está em tramitação, chegou a receber parecer favorável da Secretaria de Estado de Saúde, e durante a audiência foi elogiado e defendido pelo presidente da Associação de Comunidades Terapêuticas de Minas Gerais, Marcos Antônio dos Santos, que prometeu se empenhar pela aprovação do Projeto..

Vítimas

Para Tadeu Martins Leite, as mortes por consequência das drogas acontecem em três esferas: pelo uso, pela disputa entre traficantes e os inocentes vítimas do processo. Neste sentido, lembrou do jovem Samuel Jonanthan, de 22 anos, estudante de Serviço Social, que foi atingido por um tiro na noite do último domingo (21/04) em Montes Claros. “Um menino religioso, muito bem criado, que eu conheci desde criança e que nunca usou drogas pode ter sido assassinado por engano, porque passou no lugar errado na hora errada. Mais um jovem que perdeu a vida em decorrência da criminalidade”, disse.

Assessoria de Comunicação Deputado Estadual Tadeu Martins Leite (PMDB-MG)