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O Acidente Vascular Cerebral (AVC), mais conhecido como derrame cerebral, causa mais de 100 mil mortes por ano no Brasil, ou seja, a cada 5 minutos um brasileiro morre vítima do AVC. Na perspectiva mundial, esse número chega a 6 milhões de pessoas. O AVC é a segunda principal causa de morte no país e a principal causa de incapacidade no mundo, pois em 70% dos casos as pessoas ficam impossibilitadas de retornarem ao mercado de trabalho.

Segundo o Conselho Federal de Medicina, 76% dos hospitais não estão preparados para realizar o atendimento às vítimas do AVC. Para mudar essa realidade e conseguir apoio para alertar a população sobre as formas de prevenção e tratamento, a presidente da Associação Mineira do AVC (AMAVC), Sandra Issida Gonçalves, e a administradora da entidade, Elke Mari Ferreira, se reuniram com o deputado Vanderlei Miranda.

“O objetivo da nossa reunião com o deputado foi apresentar a entidade, que é primeira associação de AVC no Estado de Minas, mostrar o nosso trabalho em prol da comunidade e da saúde do Estado de Minas e pedir apoio para que esse tema seja discutido também em âmbito estadual e federal. Esperamos que o deputado, como liderança política no Estado, possa nos apoiar para que consigamos fazer com que os hospitais sejam mais capacitados para o atendimento. Ele realmente ouviu as nossas propostas e projetos e buscará soluções para que possamos continuar o nosso trabalho”, disse Sandra Issida.

Diante do relato da presidente da AMAVC e dos dados alarmantes referentes às vítimas do AVC, o deputado
Vanderlei Miranda aderiu a causa e recorrerá ao Estado para que o protocolo de atendimento adequado seja implantado nos hospitais. “Para minha surpresa, não temos nos hospitais em Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, quem dirá no interior, médicos especializados para o diagnóstico de um AVC.
Não temos um centro avançado para exames e não temos uma protocolo padrão para atendimento das pessoas que chegam, por exemplo, reclamando de dor de cabeça. Muitas vidas poderiam ser poupadas se esse quadro fosse diferente. Vou procurar dar minha contribuição para que possamos, de alguma forma, mudar essa realidade”, afirmou o deputado.

O parlamentar solicitou uma reunião com o secretário de Saúde, Sávio Souza Cruz, para expor a situação e estudar soluções. “Se fizermos um trabalho mais elaborado, preventivo, cuidadoso e investigativo, economizaremos recursos do Sistema Único de Saúde (SUS), porque uma pessoa com sequela irreversível dependerá do serviço de saúde pública pelo resto da vida”, disse Miranda.

Prevenção

Os AVCs são mais comuns nas pessoas acima de 55 anos. Para reduzir os riscos é necessário comer muitas frutas e vegetais, conferir a pressão arterial regularmente, deixar de fumar, fazer exercícios regularmente, evitar beber bebidas alcoólicas e reduzir a ingestão de sal e alimentos com gordura.